quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um gato azarado


Certa vez, estava andando pelas ruas da cidade, um gato de botas.
_Toc, toc, toc..._bateu ele em uma casa velha.
De repente um velho grande e orelhudo com roupas da corte, abriu a porta.
_ O que queres, seu gato? _ perguntou com uma voz severa_ Todos nessa cidade adoram mei imcomodar e nunca consigo elaborar meus trabalhos em paz...
_ Estou faminto! _exclamou o gato_ Seria incomodo me dar algo para comer?
_ De onde você veio?
_ Tive a missão de dar um recado ao rei e, quando estava voltando, vi que estava perdido, portanto pedi uma indicação_continuou_ e me deram indicação errada. Como isso aconteceera na manhã de ontem, estive até agora tentando achar o caminho de volta, e estou faminto.
_ Entre te darei comida e pousada enquanto não achar o caminho de volta. Sou novo aqui e não sei onde vende minhocas!_exclamou o velho.
O gato achando estranha a história, ficou meio desconfiado e deu uma vontade de sair correndo, mas seu estômago pedia comida. Por isso, entrou mais rápido que pode.
Quando entrou, a impressão que teve não foi das melhores. O interior da casa era frio e sombrio, portanto, assustador. Sentou-se em uma grande e desconfortável cadeira de madeira.
Ele é um feiticeiro” pensou ele.
_ Vou à cozinha preparar lhe o que comer_exclamou o velho.
O gato lhe acenou com m sinal de cabeça, tremendo de pavor. O velho desapareceu sem mais nem menos.
O gato, muio curioso, começou a olhar as coisas mais perto. Viu uma bola de cristal, em cima de uma mesa, no canto do cômodo. Sentiu seu corpo gelado e arrepiado: “Ele é um feiticeiro”...pensou novamente, quando ouviu um grito de longe.
Tentando achar de onde viera aquele grito misterioso, sentiu que alguma coisa o puxou e o fez sentar próximo a mesa. Com as mãos, e sem seu próprio controle, tocou no cristal quando de repente viu o velho tirando um vidro do baú que continha um liquido verde dentro. Depois viu uma linda moça presa em um lugar muito pequeno e escuro. Deu pena ver que ela estava amarrada nas mãos e pés e, chorava desconsolada. E tudo sumiu...
Quando deu por si, estava novamente e sua cadeira desconfortável, na qual o velho o colocara.
_ Tome isso e vá dormir. Você está muito exausto da viagem e precisa descansar!
_ Mas isso não é comida!_ disse o gato, ao ver a xícara com um liquido dentro.
_ Tome isso e vá dormir.
O gato foi obrigado a tomar o tal liquido. Já estava arrependido de corpo e alma por estar ali.
***
_ Droga! Errei a poção!
_ Onde estou?_ perguntou o recém chegado.
_ Já vai saber! _exclamou o mago, que o garrou pelo braço e foi levando-o à carruagem. Jogou-o lá dentro e saíram em disparata.
O “gato”viu um espelho na carruagem e não se viu como antes, se viu como um ser humano. Havia se transformado em um lindo príncipe!
Chegaram em um grande castelo, onde a carruagem parou. Sentiu um calafrio...
O feiticeiro pegou-o novamente pelo braço e foi puxando-o para o castelo. Abriu a enorme porta, jogou-o lá dentro e trancou por fora a porta.
O agora príncipe ouviu o barulho do galope do cavalo que deu um breve relincho e foi se distanciando. Sentia-se muito confuso, não entendia nada da situação, quando novamente adormece e vê um mago tirando de dentro de um baú um vidro com um liquido verde e a moça amarrada e chorando.
Acordou assustado e começou a entender, o mago havia errado a poção, achando que iria mata-lo, mas transformou-o em um príncipe.
_ Só não entendo o tipo da roupa que ele usava! Não era de feiticeiro..._ disse o gato, falando sozinho. Foi quando lembrou da moça...
Subitamente se levantou e saiu correndo pelas escadarias. Lá em cima da torre viu uma porta, continuou a subir. Quando de repente ouve um choro muito triste... Receou, mas não conteve a emoção que o envolvia. Com um pontapé abriu a porta e ali viu a princesa que ficou admirada com a beleza do príncipe.
Ela tremia nervosamente e com um gemido pediu que a ajudasse.
Imediatamente, o “ex-gato de botas”, foi liberta-la. Lembrou então a visão que tivera na casa do mago. Sem poder se controlar, ele abraçou-a como se fossem velhos amigos, mas mal imaginavam o que lhes sucederia.
Os dois descobriram que os ratos daquele castelo falavam, e por caridade para com os dois, iam buscar alimento à quilômetros de distancia, para eles. Ficavam durante muito tempo naquele lugar, e não morreram.
Com o passar do tempo, sentiram que algo mais nascia entre o casal. Um descobriu que amava o outro como nunca... E vice versa .
Um belo dia saíram todos os ratos do castelo para buscar alimentos e os dois estavam a sós... se beijaram! Boom!
O encanto que envolvia os dois acabou. O “príncipe” voltou a ser aquele pobre gato de botas, perdido no caminho e com mais um sofrimento: amando uma linda moça que, com o encanto acabado, se transformou em um vaca.

*Texto escrito por Eleonora Juzemas quando cursava a sétima serie.

E você, gosta de escrever? Já escreveu uma história também?!
 

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