sábado, 7 de maio de 2011

A Casa da Mãe Joana


Estamos tão acostumados a falar frases como “feito nas coxas”, “ficar a ver navios” entre outras, que muitas vezes nem paramos pra pensar de onde elas vieram, e por que muitas delas são tão estranhas. Aqui vai a explicação de algumas:

- “Feito nas coxas”. Antigamente as telhas eram feitas de argila e moldadas nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho, as telhas ficavam todas desiguais. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

- “Ficar a ver navios”. Dom Sebastião, rei de Portugal, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, porém seu corpo nunca foi encontrado. Muitos portugueses se recusavam a acreditar na sua morte e alguns iam ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

- “Não entendo patavinas”. Os portugueses tinham dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

- “Casa da Mãe Joana”. Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

A Casa da Mãe Joana também é o nome de um livro, muito divertido escrito pelo autor Reinaldo Pimenta, que conta a origem de várias palavras e frases. Uma boa dica de leitura para quem ficou curioso em saber mais sobre o assunto.


Texto escrito por Maysa Oliveira

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